Camaradas,
Mais uma vez, povos latino-americanos se levantam contra a exploração e opressão do Império e seus subgerentes locais. Depois de Equador, Argentina, agora na Bolívia ocorre uma genuína insurreição popular.
Há vários meses ocorrem manifestações massivas de cocaleros, camponeses, indígenas, aposentados, estudantes, trabalhadores em geral contra a erradicação forçada de coca, a ALCA, a privatização dos recursos naturais e o continuísmo de toda a agenda neoliberal.
Numa análise apressada, me parece que esse é mais um dos "motins do FMI", para usar as palavras de um ex-presidente do Banco Mundial. Mesmo sabendo de possíveis reações da população, o FMI impõem medidas drásticas aos países. As insurreições fazem parte do programa deles.
Agora o povão foi pra rua cobrar a fatura. Palácios de governo e sedes de partidos políticos são queimados e apredejados, tropas de policiais e bombeiros estão insubordinadas. As informações, como em qualquer grande rebelião ainda são desencontradas. É preciso correr atrás das informações e divulgá-las, pois para variar, a nossa venerável "imprensa livre" joga uma nuvem de fumaça sobre as explosões que ocorrem do nosso lado e amplificam as que estão mais distantes. Nos telejornais de agora à noite, a notícia foi dada como "explosão de violência" e só se ressaltou o confronto entre polícia e exército. Nos relatos e fotos que encontrei, e levando em conta as mobilizações mais recentes, parece que não é bem assim. Vale destacar o belo trabalho do pessoal do CMI Argentina.
(http://www.argentina.indymedia.org/)
É HORA DE SEGUIR NA SOLIDARIEDADE ATIVA À LUTA DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA. TODO APOIO À LUTA DE POVOS ORIGINÁRIOS - MAPUCHE, MAIA, QUECHUA, AYMARAS..., CAMPONESES, TRABALHADORES, ESTUDANTES, APOSENTADOS e PENSIONISTAS QUE SE LEVANTAM EM TODA A AMÉRICA LATINA. Sua luta é nossa luta, pois o ataque vem do Império e de seus subgerentes locais. Por isso, é preciso passar por cima de Sanchez de Lozada, Duhalde, Ricardo Lagos, Fox, Gonzalez Marchi, Battle, Lula, Malloci (Malan+Palloci), Dirceu, Meirelles e toda essa corja...QUE SE VAYAN TODOS!!!
Que consigamos construir das entranhas da Nossa América uma revolução desde baixo, d@s deserdad@s de nossa terra. A revolução está sendo gestada a cada levante, insurreição, rebelião, piquete, greve, fábrica ocupada e autogerida, terra tomada, estrada bloqueada... No entanto é preciso que se trabalhe por essa revolução, construir de fato. Superar a insurreição e caminhar para a revolução (embora aqui no Brasil a coisa esteja braba...)
Abaixo, páginas onde se pode acompanhar os últimos acontecimentos e obter mais informações. E também, relatos tirados do CMI Brasil.
www.midiaindependente.org
http://www.lahaine.org/
http://www.argentina.indymedia.org/
http://bolivia.indymedia.org/
http://www.bolpress.com/
http://www.econoticiasbolivia.com/
Esta acontecendo um tirotero no centro politíco do país. Esta é uma crônica de como começou.
A Plaza Murillo converteu-se em uma "terra de ninguém". O motin policial deixou indefeso o centro político do país. Em torno do meio dia chegaram estudantres do colégio Ayacucho que aproveitaram a situação para apredejar o Palacio Quemado. A Plaza Murillo, abitolada de pessoas em dias normais, foi festígio de pelo menos duas manifestações, uma protagonizada pelos próprios policiais em trages civis e a segunda, a mais forte, iniciada por jovens do colégio Ayacucho que saíram para as ruas exigindo um novo diretor para o seu colégio.
Oa ayacuchenses, ao grito de "'Coripaiti', 'coripaita'... el Ayacucho esta' aca'" marcharam e apedrejaram a frente do Palácio do Governo. Vendo que sua ação não teve nenhuma respostas das forças de segurança, os manifestantes chegaram até a entrada do Palácio e quebraram suas portas. O descontrole foi todal quando alguns cidadões que estavam nestas mediações decidiram participar do apedrejamento.
À poucos metros, em uma esquina da Plaza, viam-se nos trechos da Cancilleria, policiais agrupados que se limitaram a lançar alguns gazes lacrimogênios. De dentro do Palácio, soldados da Polícia Militar e do Regimento Escolta iniciaram a defesa principal do edifício do poder político da Bolivia.
Muita quantidade de gazes lacrimogênios e de balas de borracha terminaram convertendo-se em um verdadeiro massacre.
Somam-se seis mortos e mais de trinta feridos. Estas mobilizações ocorreram contra o recorte salarial e o aumento de impostos.
Até que seja anunciada a suspenção da medida, isto não será o suficiente. Estão pedindo a renúncia do presidente.
Acabam de confirmar a morte de um jornalista e um soldado. Até o momento os mortos seriam oito, ainda a confirmar o total de mortos.
URL: http://argentina.indymedia.org/news/2003/02/81981.php
Por de trás de uma brutal repressão militar os estudantes que apedrejaram o palácio do governo produziu um enfrentamento violento entre o batalhão de choque da policia (em greve) e o exército. Existem dois mortos confirmados e dezenas de feridos.
Fazem três dias que o governo boliviano decretou um grande aumento nos impostos, e cortes nos salários dos empregados públicos e privados de até 10,5%.
Isso provocou diversas manifestações de repúdio a medida e também ao chamado de greve geral para amanhã de manhã, 13 de fevereiro.
Pela noite os corpos repressivos da elite policial (Grupos Especiais de Segurança) se rebelaram contra o corte salarial em La Paz e foram seguidos por toda a tropa salarial no resto da república.
Deixando sem guarda o palácio do governo, onde os estudantes do Colégio Ayacucho tiram proveito e apedrejaram o edifícil.
A resposta foi brutal, ao comando do exército que armados com fuzis M-16 dispararam contra a multidão. A consequência disto foi o enfrentamento entre os efetivos da GES e o militares. O saldo é de pelo menos dois mortos confirmados, um do Tenente policial Elmer Paton e um policial de base. Há rumores de que existe um morto a mais e dezenas de feridos graves, entre bombeiros, policiais e jovens estudantes secundários.
O clima de tensão tende a aumentar por causa do anúncio de várias mobilizações e um possível corralito que o governo estaria preparando.
No ano de 1948 uma multidão similar ingressou dentro do palácio do governo e enforcou em um poste o presidente Gualberto Villarrroel. Em 1952 milicias campesinas e de trabalhadores derrotaram o exército e este então rebelou-se como instituição. Um ano despois foi novamente instaurado.
PS. Esta confirmada uma terceira morte, trata-se de um bombeiro. O governo anúncia o estado de sítio.
URL: http://argentina.indymedia.org/news/2003/02/81955.php
Informes sobre o motim policial e o enfrentamento com o exército na principal praça de La Paz.
Companheiros, a Bolívia está fervendo neste momento.
As mobilizações massivas eram esperadas para amanhã, mas a pressão da situação, o silêncio do governo, a revolta popular e o motim policial aceleraram tudo.
A praça principal de La Paz está neste momento tomada por batalhões do exército e pela polícia militar, armados com munição de guerra e granadas, e tem havido conflitos entre o exército e a polícia, provocando até o momento uma morte e pelo menos dois feridos a bala.
As imagens são de uma guerra: fuzis automáticos, metralhadoras, muita munição e o movimento de tropas são o que mais se vê.
Há duas horas, uma grande manifestação de estudantes conseguiu entrar na praça, armados de paus e pedras. Nesta manhã outras manifestações apedrejaram o palácio do governo, onde se encontravam o presidente e os ministros.
Valentes manifestantes se posicionaram em frente ao exército com cartazes pintados à mão, protestando contra o "impuestazo" (enorme aumento repentino dos impostos) e exigindo a renúncia do presidente.
O quartel de polícia de GES, epicentro do motim, fica a meio quarteirão da praça. Dali partiram dezenas de bombas de gás lacrimogêneo contra o exército, e outra guarnição está entrincheirada em posição de ataque em outra esquina.
"Não provoquem, pois vão morrer", gritam de sua posição os policiais amotinados, e ameaçam generalizar o enfrentamento a qualquer momento.
Segundo se comenta nos arredores, marchas espontâneas estariam se dirigindo à praça neste momento.
A situação é de tensão máxima. Nós estamos cobrindo os fatos com bastante cuidado, e agradecemos pelas demonstrações de preocupação e solidariedade dos nossos companheiros e amigos, e pedimos a todos que ajudem para que a informação circule.
Assim que nos seja possível, atualizaremos este informe e publicaremos as fotos.
URL: http://argentina.indymedia.org
Terror na Bolivia!!!. Os militares estão metralhando a multidão na plaza de Murillo na cidade de La Paz
Continua o tiroteiro na plaza Murillo da cidade de La Paz e suas mediações. Na plaza Murillo situa-se o palácio do governo. O presidente conseguiu escapar do edifício e o seu paradeiro é desconhecido. Um comunicado oficial anúncia às 16hrs (horário local) que este irá se pronunciar desde um local secreto.
Os militares estão distribuindo francoatiradores por todo o centro histórico da cidade de La Paz, também nos parapeitos das torres da catedral da cidade.
Montaram metralhadoras e neste exato momento estão disparando. Existem muitos carros queimando pela ruas.
O barulho das ambulâncias é insurdecedor, estas recolhem dezenas de feridos a bala. Os serviços de emergência esta um colapso e esta fazendo um chamado massivo para doações de sangue. As cadeias de televisão estão transmitindo ao vivo.
Em 30 minutos vamos tentar entrevistar um companheiro que esta vivendo as manifestações de dentro do palácio do governo.
URL: http://argentina.indymedia.org/news/2003/02/81950.php
Evo Morales, líder do partido de oposição mais importante do país, pediu hoje a renúncia do presidente Gonzalo Sanchez de Lozada e o vicepresidente Carlos Mesa e que o governo do país seja entregue ao presidente da Câmera dos Deputados.
"O governo colocou fogo na palha, agora o país arde" disse o também dirigente cocalero que convocou os setores sociais para continuar com as mobilizações até derrotar o governo.
"Convocamos a uma manifestação até que as políticas econômicas sejam mudadas. Não somos somente contra o aumento de imposto (impuestazo), mas também para recuperarmos os hidorcarburos", disse Morales.
URL: http://argentina.indymedia.org/news/2003/02/81988.php
O presidente boliviano acaba de escapar do palácio do governo, escondido em uma ambulância...
Escapou em uma ambulância e em 20 minutos se dirigia à nação cancelando o impuestaza (aumento de imposto). Foram visto militares com bazucas pelas ruas. Aparentemente tomaram o comando da polícia.
Os mortos já são seis, quatro policiais, um bombeiro e um trabalhador. Até o momento são trinta feridos a bala.
URL: http://bolivia.indymedia.org/es/2003/02/771.shtml
O partido que governa a coalizão com o MNR também foi alvo da ira trabalhadora e popular.
A sede do MIR também foi tomada.
Bombeiros apagaram incendios no prédio da vicepresidência (Bolpress.com), eles acudiram há alguns minutos o prédio da vicepresidência, cerca de 400 metros do Palácio do Governo em La Paz, para apagar um incendio provocado por centenas de manifestantes que tomaram o prédio.
Ações similares aconteceram no prédio do Ministério do Trabalho que minutos atrás foi tomado or centenas de manifestantes.
Alguns minutos antes, a sede central do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR Movimiento de Izquierda Revolucionaria), partido em função do governo, foi tomada por jovens manifestantes.
Atualizado no dia 12-02-2003 às 18:16 horas
URL: http://argentina.indymedia.org/news/2003/02/82034.php
SANCHEZ LOZADA RECUA, MAS CONTINUAM OS ENFRENTAMENTOS
Retirou-se o projeto apresentado ao Congresso.
Não vai acontecer o impuestazo (aumento de impostos), o presidente esta dando passos para atrás.
(Bolpress.com), - O presidente Gonzalo Sanchez de Lozada retirou o projeto de "Presupuesto General de la Nación 2003" que estabelecia a criação de um impuestazo o mesmo que provocou manifestações e que somente hoje contou-se oite mortos.
"Foi tomada a decisão de retirar o projeto que foi mandado ao Congresso", disse hoje o presidente em uma mensagem curta televisionada de um local não determinado.
Dois dias depois de anunciar que não voltaria quanto a sua decisão.
"Hoje é um dia de pena e dor, estou entrestecido de ver como estão se enfrentando irmãos bolivianos, membros de duas instituições fundamentais da nostra história, da nostra república", disse Sanchez de Lozada.
Entrentando, apesar do anúncio os enfrentamentos cotinuam pelas ruas enfrente ao Palácio do Governo.