25 de setembro: O levante aymara se expande no Altiplano. Novos bloqueios foram estabelecidos na região do Altiplano, como o da rota de saída ao Chile na Província Villarroel.
24 de setembro: Um ampliado de emergência da Central Obrera Boliviana (COB) decretou para a segunda-feira, dia 29 de setembro, o início de uma greve geral indefinida e o bloqueio nacional de caminhos para forçar o governo neoliberal de Gonzalo Sánchez de Lozada a desistir de sua política econômica. Militares e camponeses lutam para controlar as rotas.
22 de setembro: Os cortes de rota se fortaleceram no Altiplano boliviano. Bloqueios de camponeses de várias ruas interromperam o tráfego entre La Paz e o sul do país e as vias que comunicam com o Peru e o Chile.
20 de setembro: um operativo conjunto de militares e policiais assassinou pelo menos cinco camponeses aymaras em Achacachi, quando a denominada "caravana de resgate", comandada pelo Ministro da Defesa Carlos Sánchez Berzaín, tentou romper com os bloqueios de ruas na região do Altiplano. Este feito ocorreu no contexto de convulsão nacional provocado pelos planos do primeiro mandatário, "o gringo" Sánchez de Lozada, de entregar o gás às empresas transnacionais.
Os camponeses aymaras vinham reclamando não só pela venda do gás, mas também pelo cumprimento de 72 pontos acordados com o governo durante o ano de 2001. Alguns dirigentes do Movimento Indígena Pachakutik (MIP), até esse momento em greve de fome pelas mesmas reivindicações, regressaram a suas comunidades para se organizar e radicalizar as suas medidas de protesto. Os vizinhos da cidade Aymara de El Alto vão chegando armados de muito valor e pedras e paus para defender aos Mallkus e Mama T'allas a ponto de serem atacados na igreja Del Carmen. À sua vez, o povo de Sorata se encontra tomado pelos manifestantes, os quais queimaram as instalações locais do governo e a delegacia.
19 de setembro: Milhares de bolivianos se mobilizaram em todo o pais em repúdio ao projeto de venda do gás. Os protestos foram convocados por uma nova organização, a Cordenadora do Gás, que aglutina diversos sindicatos e movimentos sociais de todo o país. A Bolívia é o segundo país com maiores reservas de gás depois da Venezuela, e portanto uma presa cobiçada pelos que querem controlar e seguir se adonando de nossos recursos naturais.
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