Brasileiros não puderam cruzar a fronteira com a Argentina pela Ponte da Amizade, devido ao isolamento do exercito argentino e da Polícia Federal Rodoviária que fotografou o rosto de uma das manifestantes.

No dia 2 de agosto foi realizada a marcha dos Sem em Uruguaiana, fronteira com a Argentina e Uruguai, com o propósito de unir forças de luta dos povos. Enquanto os brasileiros que não deram ouvidos as instruções do carro de som da CUT, que permaneceu em Uruguaiana, dirigiam se em direção a Argentina pela ponte de amizade o exercito argentino formou uma barreira de choque armada de porretes e fuzis calibre doze, forçando os manifestantes a recuarem para o lado brasileiro da ponte. Permanecendo no local em protesto a repressão que impedia brasileiros de cruzar a fronteira chegando a confiscar uma maquina fotográfica de um reporter popular morador de Uruguaiana.

O exército Argentino teve o auxílio da Polícia Rodoviária Federal que ali estava para manter a ordem no lado brasileiro atuando na negociação com os manifestantes que impediam a passagem da van da rádio LT12 General Madagrada que tentava voltar para a Argentina. A equipe de rádio argentina não se entendeu muito bem inicialmente com os manifestantes que somente concordaram em liberar a passagem quando puderam dar entrevistas para o público argentino.

Estavam presentes militantes de partidos políticos, sindicatos, dos movimentos Punk e Hip Hop junto com a Rádio Comunitária de Santa Cruz do Sul/RS, que teve uma de suas reporters ameaçada pelo comandante da Polícia Rodoviária Federal, com autoritarismo demonstrou seu despreso pelo movimento comunitário e seus meios de comunicação (mesma polícia que invade as rádios e apreende seus instrumentos de trabalho) com ameaças verbais que acabaram quando policial fotografou o rosto da reporter da Rádio Comunitária de Sta. Cruz do Sul, Nani, avisando: "te peguei" pondo em risco a liberdade de expressão daqueles que lutam pela liberdade ainda oprimida pelos instrumentos da lei.Comente este artigo.