Nota sobre o decreto de estado de emergencia no Equador
Hola a todos e todas:
Tanta bravura governamental e agora fica com o rabo entre as pernas.O gritado Estado de Emergência decretado à noite pelo Presidente Lucio Gutiérrez, nasceu morto.
Morto, porque ninguém fez caso desse decreto e as protestas se mantiveram num claro desafio dos cidadãos através da desobediência civil.Mas, como se uma morte fosse pouca, a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos apresentou hoje na justiça equatoriana, recurso de proteção às garantias constitucionais.
O juiz do Tribunal 14 da Corte de Quito, aceitou o recurso e suspendeu a aplicação do Estado de Emergência para o Distrito Metropolitano de Quito. E como todo morto necessita funeral, a esta hora (16:30 horas do sábado) o Presidente acaba de anunciar a derrogação do Estado de Emergência. Foi a breve Vida, Paixão e Muerte de um decreto mal parido. A esta hora não param os rumores.
Um deles é que grupos governistas viajam a Quito com a finalidade de se enfrentar com a população opositora para terminar com as protestas.
É possível que isso aconteça, mas não será fácil para os amigos do regime sortear os milhares e milhares de pessoas que se mobilizam cada noite batendo panelas, estourando globos ou simplesmente batendo madeiras e tocando apitos e que ontem à noite permaneceram na porta de Rádio La Luna para evitar seu fechamento.Para amanhã está convocado o Congresso Nacional. Ai se radicará a discusãorelativa à Corte Suprema.
Gutiérrez está debilitado e um golpe ou arranhão poderia deixa-lo numa melhor madeixa. Para ali aponta a possibilidade de que Lucio emita um decreto destituindo o Congresso. Se o faz, se transformará num verdadeiro ditador .Veremos como vai a situação mais tarde.
Mario Villalobos
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