Presidente do Equador acaba de ser destituído pelo congresso.
Depois de uma noite e uma manhã de protestos que transformaram Quito em um verdadeiro campo de batalha, com um saldo de pelo menos três mortos e perto de 100 feridos, o Congresso equatoriano acabou de votar uma moção que destituiu o presidente Lucio Gutierrez.
A decisão foi seguida por um anúncio das Forças Armadas equatorianas informando que tinham retirado o apoio ao presidente. Com a saída de Gutierrez será empossado o vice-presidente Alfredo Palacios.
O próprio deputado Raniro Rivera, da Democracia Popular, que apresentou a moção que destituiu o presidente, declarou que não fazia mais do que canalisar a pressão popular. Seu colega Carlos Vallejo, atualmente sem partido, declarou que o atual Congresso já é um congresso de transição, já que o povo pede a destituição dos paralamentares também, e disse que pretende anunciar sua renúncia como deputado.
O clima durante a manhã era de extrema tensão em Quito, já que haviam chegado à capital equatoriana ônibus trazendo grupos de apoio ao governo que estavam armados. Em meio ao clima de medo, o canal de televisão Teleamazonas mostrou imagens de civis atuando a serviço do governo que disparavam com armasde fogo desde dentro do Ministério do Bem Estar Social em direção ao povo nas ruas.
Por toda a cidade grupos de cidadãos se reuniam em grupos para impedir a circulação de veículos queimando pneus, como acontecia, por exemplo, ao longo da avenida 6 de Dezembro, que liga o centro à zona norte de Quito.