Estado de emergência em Arequipa: liberdades civis suspensas

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PERU

Jun 17 2002

Desde sexta-feira, inúmeras manifestações aconteceram na cidade de Arequipa, a segunda maior cidade do Peru, em protesto à privatização das companhias de energia elétrica Egasa e Egesur. Medidas do governo de Alejandro Toledo para "reestabelecer a ordem" suspenderam direitos civis fundamentais como a liberdade de trânsito, de reunião e a inviolabilidade de domicílio por trinta dias. Além disso, o controle dos cidadãos foi entregue às Forças Armadas do Peru.

Enquanto a mídia corporativa peruana e internacional indica uma quantidade irrisória de 15 presos e 7 feridos, depoimentos de manifestantes locais e testemunhas mostram que mais de 100 pessoas foram feridas durante os confrontos com as forças de repressão do estado peruano chefiado por Toledo. O presidente peruano tem um índice de desaprovação de 71% depois de um ano de mandato sucedendo Alberto Fujimori.

Os danos dos distúrbios somam U$15 milhões de dólares. O prefeito de Arequipa, Juan Manuel Guillén, mantém uma greve de fome em protesto à medida da Administração Toledo em vender as empresas de energia à Tractebel, uma companhia belga, por U$167.4 milhões - tudo isso, apesar da promessa de campanha, feita por Toledo, de que não iria vendê-las.

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