A resistência à ocupação armada da Comuna de Oaxaca entra no seu quarto dia. Apesar da presença de 25 mil efetivos da Polícia Federal Preventiva, uma espécie de polícia militar federal usada para reprimir movimentos populares, a tática de não enfrentar a polícia, recuar e voltar as ocupar os espaços que a polícia não consegue manter vem funcionando e, se a polícia ocupa a praça principal, a assembléia toma a praça de Santo Domingo, e se a polícia sai da praça principal para ocupar a de Santo Domingo, a população ocupa a praça principal. O movimento é coordenado, entre outras coisas, pela Rádio Universidad (
http://s8.viastreaming.net:7100/listen.pls), que está em mãos da APPO, e por um eficiente sistema que combina celulares e "telefone sem fio", o boca-a-boca.
Por todo o México as manifestações de solidariedade vão se transformando em outras tantas comunas. Há ocupações de prédios públicos em Puebla, Chiapas, Guerrero e Michoacán. Na Cidade do México, grupos de estudantes e populares bloqueiam uma avenida, esperam a polícia chegar e recuam, enquanto outros grupos fazem a mesma coisa do outro lado da cidade. Estradas federais foram cortadas em todo o sudeste do México e no estado de Baja California.
Neste momento, a Rádio Universidad, retransmitida por rádios piratas e comunitárias em todo o país, está denunciando, sob forte interferência, que a PFP está concentrando forças em torno à universidade, com helicópteros atirando bombas de gás sobre as milhares de pessoas que formaram um cinturão em torno ao estúdio e às antenas da rádio. A rádio está fazendo apelos urgentes à solidariedade internacional, e AGORA mesmo, começaram a abandonar a política de resistência passiva e estão chamando os que estão fora a resistir ativamente ao avanço da polícia, com coquetéis molotov e tinta preta nos pára-brisas dos blindados.
NESTE MOMENTO, a PFP começou a forçar os portões da universidade.
A VOZ DA COMUNA DE OAXACA ESTÁ SENDO ATACADA!