Texto de introdução à Acção Global dos Povos (AGP)

Entre os dias 23 e 25 de Fevereiro de 1998, encontraram-se em Genebra movimentos de todos os continentes. Aí, lançaram uma coordenação mundial de resistência contra o mercado globalizado, uma aliança nova de luta e ajuda mútua, designada por Acção Global dos Povos contra o Comércio "Livre" e contra a Organização Mundial do Comércio (AGP; 'PGA' em língua inglesa).

Esta nova plataforma tem vindo a servir como instrumento de comunicação e de coordenação de todos os que lutam contra a destruição planetária da humanidade causada pelo mercado global, através da construção de alternativas locais.

A primeira reunião de coordenação mundial das lutas locais, em simultâneo com a conferência ministerial da OMC, em Maio de 1998, Genebra, foi um grande sucesso: muitas manifestações diferentes tiveram lugar tais como acções e Festas de Rua Globais, e isto em cinco continentes, entre os dias 16 e 20 de Maio.

Os documentos que definem a AGP são: os seus cinco princípios, os seus princípios de organização e o seu manifesto. Na conferência de Bangalore, na Índia, em Agosto de 1999, os 5 princípios foram corrigidos para reflectir as discussões acerca da clarificação das diferenças em relação aos anti-globalizadores de direita. Um novo princípio número 2 foi introduzido.

Princípios da
Acção Global dos Povos

modificado na 3ª Conferência da AGP em Cochabamba

  1. Uma rejeição muito clara ao capitalismo, ao imperialismo, ao feudalismo e a todo acordo comercial, instituições e governos que promovem uma globalização destrutiva.
  2. Rejeitamos todas as formas e sistemas de dominação e de discriminação incluindo, mas não apenas, o patriarcado, o racismo e o fundamentalismo religioso de todos os credos. Nós abraçamos a plena dignidade de todos os seres humanos.
  3. Uma atitude de confronto, pois não acreditamos que o diálogo possa ter algum efeito em organizações tão profundamente anti-democráticas e tendenciosas, nas quais o capital transnacional é o único sujeito político real.
  4. Um chamado à ação direta, à desobediência civil e ao apoio às lutas dos movimentos sociais, propondo formas de resistência que maximizem o respeito à vida e os direitos dos povos oprimidos, assim como, a construção de alternativas locais ao capitalismo global.
  5. Uma filosofia organizacional baseada na descentralização e na autonomia.

Para mais informação sobre a rede mundial da AGP: http://www.agp.org


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