Na última semana, no dia 27 de Julho/2001, uma manifestação foi organizada em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais/Brasil, em solidariedade às lutas em Gênova (encontro do G8), mas esse protesto foi convocado principalmente para se manifestar contra a morte de Carlo Giuliani pelas mãos dos policiais italianos durante os protestos de Gênova.
Nossa manifestação começou às 7:30 AM e terminou às 11:30 AM. Nós desenhamos um cadáver no chão em frente ao consulado, e colocamos tinta vermelha na cabeça do cadáver desenhado. Nós isolamos a área com cordão de isolamento. Nós também usamos alguns cartazes grandes com escritos contra a polícia, nós distribuímos panfletos, e quando o cônsul estava saindo para almoçar algum@s companheir@s começaram a discutir com ele contra a morte de Giuliani, contra a globalização e o capitalismo, etc. Mas isso não tem qualquer efeito ou sentido em um evento como aquele que fizemos.
Uma coisa que eu vejo muito claro é que em nossa manifestação, nós não focalizamos Carlo Giuliani como um mártir, como nós estamos vendo ser feito em vários lugares do mundo. Camisas, frases de efeito que mostram Giuliani como um herói apenas o separa de nós.
Chamar Giuliani e chamar nós mesm@s de manifestantes, ativistas é separar-nos do mundo. Nós todos precisamos e somos mais que isso! Nós precisamos da revolução cotidianizada, e não com essa separação. Nós devemos entender que quando alguém morre em uma manifestação, somos nós que morremos. Nós devemos ver que quando alguém morre ou é espancad@ por policiais voltando para casa depois do trabalho apenas por que é negro, branco, ou lilás, é um de nós que é espancado e morto! Quando nós acabamos com essa separação entre manifestação e vida cotidiana (espaço da revolução) nós estamos realmente lutando contra o capitalismo, contra o G8 (contra todos os símbolos capitalistas), e contra o reformismo já do cotidiano que vários grupos que se chamam de "base", "grassroots", e "autônomos" estão impregnados.
Sem luta/resistência cotidiana e vontade por revolução nós não temos radicalidade. A luta é feita no dia-a-dia, e na maioria das vezes ela é cheia de luto.
Em solidariedade;
E P
vegetalindependente.net
Coletivo Acrático Proposta
Todos os jornais disseram em 21 de Julho: "Manifestações antiglobalização tem seu primeiro morto", porém eu digo: Nós não somos apenas contra a globalização, e infelizmente, nós temos mortes todos os nossos dias.
At last week, in 27 of July/2001 a demonstration was organized in Belo Horizonte, on the state of Minas Gerais/Brasil, in solidarity with the struggles in Genoa (G8 Meeting), but it was specially called against the death of Carlo Giuliani by hands of polices from Italy in that events in Genoa.
Our demonstration started at 7:30 A.M. and finished 11:30 A.M. We drew a cadaver on the floor in front of the consulate and put red ink in the head of it. We encircle this drawing with a kind of "isolation rope". We also used a lot of big banners with writings against the police, we distributed pamphlets, and when the consul was going to take the lunch some conramdes start to discuss with him against the dead of Giuliani, against globalization, capitalismo etc. But it's not make any effect or sense in a event like that we made.
One thing that I see very much clear is that in our demonstration, we didn't focalized Carlo Giuliani as a martyr like we are seeing in a lot of places of the world. T-shirts, setences of effect that show Giuliani as a hero only separate him from us.
Call Giuliani and call ourselves demonstrators, activists is separate us from the world. We all need, and we are, more than that! We need the revolution day-by-day, and not with this separation. We must understand that when somebody die in a demonstration it's us that died. We must see that when somebody die or is spanked by polices coming back to home after the work only why is black, white, or lilac, it's one of us that is spanked and died! When we terminate with this separation between demonstration and daily life (space of revolution) we will really be struggling against the capitalism, against G8 (against all capitalists symbols), and against the reformism already daily, that a lot of groups that call themselves of "base", "grassroots" and "autonomous" are impregnated.
Less daily struggle/resistance and will for revolution we don't have radicality. The struggle is maked in day by day, and it's mournfully.
In solidarity;
E P
vegetalindependente.net
Coletivo Acrático Proposta
All newspapers said in 21 of July: "Antiglobalization demonstrations have its first dead", but I say: We aren't only against globalization, and unhappily, we have death all our days.
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