sexta-feira, 21 de março de 2003
Nas últimas semanas, o mundo assistiu a manifestações, atos e protestos em favor da paz. Em diversos países da Europa, no Brasil e inclusive nos EUA, milhares de pessoas foram as ruas dizer não á ação militar estadunidense contra o povo iraquiano.
Mas a vontade da maioria da população mundial, a falta de apoio da Organização das Nações Unidas e um pedido do Vaticano não foram suficientes para barrar George Bush e suas tropas.
Na noite de segunda-feira, 17 de março, Bush mandou que os inspetores da ONU se retirassem do Iraque, bem como jornalistas e funcionários de embaixadas. Em declaração a imprensa mundial, Bush afirmou que Saddan teria 48 horas para deixar o Iraque, junto com seus filhos, e que seus soldados não deveriam utilizar armas de destruição em massa contra o exército americano, sob alegação de que os que contrariassem e fossem capturados seriam considerado presos de guerra.
Mais uma vez, os EUA estão impondo ao mundo sua força e sua vontade numa guerra que, pela teoria de seu próprio presidente, não faz nenhum sentido. Se o mundo se sentisse ameaçado por Saddan Hussein uma coalizão entre vários países teria sido formada para combate-lo e o "defensor mundial da paz" teria mais aliados nessa batalha. E como se pode falar em paz praticando a guerra, atacando massivamente um povo que, questionavelmente, faça parte do "eixo do mal". Como condenar uma suposta produção de armas de destruição em massa afirmando que, se for necessário, serão utilizadas armas nucleares contra o povo iraquiano!
George W. Bush invoca o nome de Deus e é conhecido por ler a Bíblia todos os dias na Casa Branca, antes de suas reuniões e acompanhado de seus súditos, mas não é capaz de praticar os ensinamentos básicos de qualquer religião. Não tem compaixão e misericórdia e não pratica a paz, porque sua ganância e sua sede de ampliar seu império são maiores que todas as coisas. A única doutrina que pratica é a do poder e da guerra.
Assim como os EUA estão boicotando os produtos franceses pela falta de apoio a guerra, o MST e os demais movimentos contra a guerra no mundo sugerem que continuemos nosso boicote a produtos e serviços de empresas norte- americanas. Vamos fazer parte das manifestações que continuam a acontecer em todo o mundo. Além de participar de atos e passeatas, vamos mandar mensagens ao governo brasileiro para que este pressione os EUA a parar a guerra; ao secretário geral da ONU, Kofi Annan, para que esta exerça sua função de manter a paz mundial; e para a embaixada americana no Brasil, para que eles tenham a real dimensão de nosso desagrado.
Itamarati - Ministério das Relações Internacionais - Divisão de Atos Internacionais
daímre.gov.br
Kofi Annan ( Porta Voz)
inquiriesun.org
Embaixada Americana no Brasil
ircbsbpd.state.gov
*Fabiana Gigli é jornalista
A posição do MST quanto ao uso de produtos e sementes transgênicas é claramente contrária, pois sua utilização compromete a soberania alimentar dos povos, colocando os agricultores em relação de dependência das multinacionais produtoras dos transgênicos. Outro motivo é que, até agora, não existem comprovações cientificas quanto aos efeitos sobre a saúde humana.
Desta forma, não entendemos porque a imprensa insiste em veicular matérias de conteúdo mentiroso sobre plantações de soja transgênica nos assentamentos do sul do país, que são, em sua maior parte, produções orgânicas.
Os trabalhadores Odélio Gomes dos Santos e Claudinei Lúcio Soares foram presos em ação da Policia Militar durante desocupação da fazenda Bandeirantes, em Goiás. Após desocuparem a fazenda Santa Luzia, de propriedade de Wagner Canhedo, as famílias aguardavam uma resposta do governo do Estado, acampadas às margens da rodovia GO 164.
Como o governo nada respondeu, na madrugada de 10 de março, trabalhadores sem terra ocuparam a Fazenda Bandeirantes, onde estavam a 150 dias.
Um informe da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) confirma a abertura formal e a análise do caso do massacre de 19 trabalhadores rurais em Eldorado dos Carajás, no Pará, que ocorreu em 17 de abril de 1996. No relatório de admissibilidade do caso, a Comissão destaca que as investigações realizadas pela Polícia Militar viciaram o processo.
A OEA concedeu dois meses para que o governo brasileiro apresente as suas observações sobre o caso. Se o Estado for condenado, terá que pagar indenização aos familiares das vítimas e adotar medidas legislativas e administrativas para evitar violações semelhantes no futuro.
Os camponeses palestinos estão recebendo ataques continuos do governo de Israel em seus assentamentos. Seus cultivos estão sendo destruídos, as árvores, arrancadas pela raiz, impedindo que os camponeses palestinos trabalhem em suas terras.
Desta forma, o Centro de Informação Alternativa solicita a solidariedade de todos, pedindo que peçam aos governantes de seus países que pressionen o governo de Israel a permitir que os palestinos produzam seus próprios alimentos, respeitando seu direiro de trabalhar com segurança. O CIA pede também para que sejam enviadas mensagens ao Ministério de Defesa de Israel protestando contra a ofensiva aos camponeses palestinos e pelo direito palestino a soberania alimentar.
Mr. Shaul Mofaz
Ministro da Defesa de Israel
pniotmod.gov.il
Uma bela atitude se trata no artigo "É hora de parar com a guerra". Parabéns, e digo: Precisamos a cada dia tentar erradicar a força neoliberal que se alastra de forma assustadora. Vamos lutar contra a manipulação política, cultural e econômica. Valeu . josuenoma.com.br
Não desejamos que uma nação ponha em risco toda a humanidade.
Não à guerra contra o Iraque! Sim à iniciativa de um bloco contra - hegemônico baseado na paz, justiça e na solidariedade entre os povos! Fernando Santos -Núcleo de Estudos do Socialismo - PT S.J.Rio Preto- Brasil - nando_sp2000hotmail.com
Olá companheiros, agradeço pelas informações que vocês vem fornecendo.
Letraviva está de parabéns. val-rosabol.com.br
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