Manifestações populares contra o presidente Luis Gonzáles Macchi, ontem, em Ciudad del Este, Encarnación e na capital Assunção, foram violentamente reprimidas. Os distúrbios - atribuídos a seguidores do ex-general Lino Oviedo, que vive no Brasil - levaram o presidente Gonzáles Macchi a decretar estado de exceção (suspensão das liberdades civis) no país por cinco dias.

Desde o início de junho, a população protesta contra o leilão da estatal telefônica. Na Ciudad del Este, perto da fronteira do Brasil, a repressão policial deixou dois mortos, 12 feridos e cerca de 100 pessoas foram presas. Na capital Assunção a polícia disparou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra bloqueios nas entradas da cidade. Em maio de 2000 também foi decretado estado de exceção no país para sufocar o golpe do ex-general Lino Oviedo, que foi condenado a 10 anos de prisão pela tentativa de deposição do presidente Juan Carlos Wasmosy em 1996.

Estado de exceção no Paraguai
by Alexandre 10:42am Tue Jul 16 '02

Presidente paraguaio restringe liberdades civis para conter manifestações que pedem sua renúncia

Luis González Macchi, presidente do Paraguai, decretou estado de exceção por cinco dias no páis para conter as manifestações que pedem a sua renúncia.

Com este decreto, as autoridades poderão deter pessoas sem ordem judicial, proibir protestos ou qualquer reunião pública, sem qualquer motivo aparente. é equivalente ao estado de sítio.

O presidente paraguaio também assinou um documento permitindo a ação das Forças Armadas para repressão das manifestações, colaborando com a Polícia Nacional.

As manifestações que fecharam a Ponte da Amizade na fronteira do Brasil com o Paraguai foram reprimidas com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Com o fim da munição, os policiais passaram a usar pedras e munição real contra a população. Entre os feridos, uma criança de 11 anos.