Pedro Kaul, Brasil, (Santa Catarina), escreveu:
Pedro Kaul, Brasil, (Santa Catarina), escreveu:
Irmãos lusófonos:
Vejam, através da notícia, abaixo, nas mãos de quem continuamos nós, no Brasil, no âmbito do Ministério da Cultura desse país.
Nós, que amamos a nossa Língua Portuguesa, nós - brasileiros, portugueses, galegos, angolanos, moçambicanos, guineenses, cabo-verdianos, são-tomenses, timorenses, macaenses e luso-indianos -, que tudo fazemos para ver a nossa língua cada vez mais prestigiada, mais conhecida e mais respeitada mundo afora, para que ela venha a desfrutar um dia do mesmo "status" de língua internacional de que desfrutam o Inglês, o Francês e o Espanhol.
Para mim não foi surpresa. Já conhecia as idéias do gajo (como diriam os portugueses). Não é a primeira vez que GG dá as costas ao Idioma de Camões.
Lembram-se do mal-estar que ele causou na Galiza, no ano passado, ao recusar-se a fazer pronunciamento em Português, como lhe haviam pedido os galegos ? Na ocasião, eu apoiei os protextos que surgiram na Internet, com uma pequena mensagem a que dei o título de "Cavalgaduras".
Pela lógica, a presente mensagem deveria se entitular, então, "Cavalgaduras II".
Entretanto, conforme podem observar, acima, achei por bem ser menos contundente no título, para não chocar inicialmente os amigos: optei pelo título de O ministro e suas idéias sobre o "Portunhol".
Vejam o "besteirol".
Abrs.
P. Kaul.
(Brasil)
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FÓRUM SOCIAL
Gil defende 'portunhol' como língua [ Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, 28/01 - 20:12 ]
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, quer ver o "portunhol" fluindo no Brasil e na América do Sul, sem preconceitos, assim como o técnico do Real Madri, Vanderlei Luxemburgo, tem feito em Madri.
Gil, que participou hoje da conferência América do Sul: Integração, Soberania e Desenvolvimento, no 5.º Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, entende que o portunhol é uma língua "em gestação, que está nascendo".
"Tem de deixar fluir, sem preconceitos. Não deixar fluir é impedir os fluxos das trocas e das linguagens e dos entendimentos que se dão dessa forma", avaliou. Ele diz ter aderido à "nova língua", em 2004, durante encontro mundial de ministros de Cultura em Xangai, na China. "Pedi permissão para me pronunciar em portunhol", contou, ao garantir ter sido plenamente compreendido tanto por aqueles que dominam a língua portuguesa, como também pelos nativos da língua espanhola.
"O portunhol é uma manifestação espontânea, natural, vinda dos corpos e das almas culturais dos nossos povos. Nós precisamos nos entender, não sabemos um a língua do outro e temos, ao mesmo tempo, certos resíduos das línguas do português entre eles e do espanhol entre nós, o que nos propicia falar palavras", analisou. "Temos trocas, uma comunicação histórica que, ainda que incipiente, vem sendo feita ao longo desses anos e que propiciou exatamente o fato que tenhamos que falar um pouco as duas línguas, e isso criou uma outra língua que é uma mistura das outras duas, o portunhol." O ministro acredita que, como o processo de integração dos países latino-americanos, e principalmente, sul-americanos, tem sido acelerado, é natural que cada vez mais o portunhol faça parte do cotidiano dos povos.
"O fato de podermos ensinar formalmente mais português nos países hispanos e mais espanhol no Brasil vai fazer com que dominemos melhor as nossas línguas e estimulemos o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da terceira língua, o portunhol", projetou.
Ele enfatizou que, no México e em Cuba, o ensino da língua portuguesa foi intensificado como forma de garantir uma maior comunicação com brasileiros, ao passo que, no Brasil, o Ministério da Educação estabeleceu que o ensino de espanhol também seja expandido e intensificado nas escolas públicas.
"O portunhol tende a crescer no continente sul-americano. No turismo, por exemplo, as praias de Camburiú são locais naturais para proliferação do portunhol, para o laboratório dessa língua. Os turistas brasileiros que vão para Chile e Argentina também encontram laboratórios para essa língua porque precisam se comunicar", justificou. "O brasileiro diz 'Yo quiero falar con usted', embora não se lembre do hablar, mas lembra que usted significa você. E o argentino vai entender quando ele falar isso. A mesma coisa quando o argentino chega aqui e diz 'Yo quiero hablar con você'. É a mesma coisa e é assim que nasce a língua e o entendimento." Defensor do novo idioma, o ministro não deseja, entretanto, ver nenhuma influência acadêmica ou de normatização gramatical para o incipiente idioma, muito menos um ensino sistematizado do portunhol. "Deixa a língua nascer, crescer, deixa ela no lexo natural, na gramática natural. Ela é uma língua livre e precisa ser uma língua livre", opinou, acrescentando ser o portunhol "uma língua das ruas, dos negócios, das trocas, dos hotéis, dos motéis, dos estádios, do futebol, do nosso tempo, da nossa diversidade cultural". Talvez no futuro, "daqui uns 50 anos", o portunhol seja uma língua que venha a ter a necessidade de uma gramática, "e coisas desse tipo", nas palavras do ministro.
Gil também não vê nenhum mal em o exame de inglês para a carreira de diplomacia, no Itamaraty não ser mais eliminatório. "Não acho que seja necessário saber inglês para teste de nada, num país em que se fala português. A não ser para alguma coisa que se refira especificamente, como para uma cadeira de inglês (na universidade)", avaliou.
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