A Demagogia de Lula não deu certo no FSM, já em Davos...

Por Alberto Redrag 30/01/2005 às 02:05
www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/01/305290.shtml

"Enquanto abria a "Chamada Global para a Ação Contra a Pobreza", o presidente fora vaiado por um pequeno grupo de pessoas, Lula se defendeu das vaias, invocou a democracia. Em Davos, na Suíça, onde falou no Fórum Econômico Mundial, a reação do publico foi muito além do esperado..."

Lula vive agora um novo momento em sua vida política. Nós vimos o operário tornar-se líder sindicalista, e o líder sindicalista se tornar presidente, e nós vemos agora o presidente se tornar o líder de uma classe. Mas desta vez não é uma classe oprimida nem sequer explorada, pelo contrario é está a classe que oprime e explora. E Lula se tornou líder desta classe.

Enquanto abria a "Chamada Global para a Ação Contra a Pobreza", o presidente fora vaiado por um pequeno grupo de pessoas, Lula se defendeu das vaias, invocou a democracia. Em Davos, na Suíça, onde falou no Fórum Econômico Mundial, a reação do publico foi muito além do esperado, apoiaram o presidente, doaram dinheiro, e discutiram a fome e a pobreza no mundo. E como era de se esperar, depois de um dia de demagogias sobre a fome todos se recolheram aos seus hotéis cinco estrelas.

Ora, isto tudo poderia passar sem mais comentários ou criticas, porém, qualquer um que veja um pouco mais além de tudo o ocorreu nos últimos três dias pode parar e pensar um pouco no geral. Por menor que fosse o grupo de "vaiadores" no FSM eles representam as minorias e pedem ações de verdade, e pedem acima de tudo que sejam notados, para lembrar um pouco Lula que ele prometeu acabar com a fome. E de outro lado há os integrantes do FEM, ricos, com seus seguranças e suas garrafinhas de água francesa. Bem, acho que eles não são os explorados!

Com efeito o presidente deve ter gostado mais de praticar suas habilidades demagogas em Davos, que no FSM, talvez porque o discurso de sempre e a falta de ações não estejam mais enganando os brasileiros ou mesmo porque o presidente prefira falar sobre a fome com talheres de prata nas mãos.

Talvez chegue o dia em que o Lula olhe para trás e veja o homem que foi e o que prometeu, mas com certeza este dia não é hoje! Afinal está na hora do almoço..

Florianópolis, 30 de janeiro de 2005
Alberto Redrag

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